"Nas sombras da noite em Caldwell, Nova York, a guerra explode entre vampiros e seus assassinos. Há uma Irmandade secreta, sem igual, formada por seis guerreiros vampiros, defensores de sua raça. O coração gelado de um predador será aquecido mesmo contra a sua vontade... Destemido e brilhante, Vishous, filho de Bloodletter, possui uma maldição destrutiva e a capacidade assustadora de prever o futuro. Criado no campo de guerra de seu pai, ele sofreu maus tratos e abusos físicos e psicológicos. Membro da Irmandade, ele não se interessa por amor nem emoção, apenas pela batalha com a Sociedade Redutora. Mas, quando uma lesão mortal faz com que fique sob os cuidados de uma cirurgiã humana, a Dra. Jane Whitcomb, ele é levado a revelar a dor que esconde e a experimentar o verdadeiro prazer de pela primeira vez... Até que o destino, que V. não escolheu, o leva para um futuro do qual Jane não faz parte."
______________________________________
Bons amigos! Hola!
Como estão? Muito bem, espero.
Hoje seguiremos com o quinto volume da série "Irmandade da Adaga Negra". E se me fosse proposto resumi-lo em uma única palavra eu escolheria "chocante".
Eu fiquei com esse livro nas mãos por dois dias, e posso afirmar sem nenhum medo: eu fiquei completamente chocada.
Esclarecendo como sempre, eu não sou uma pessoa que é cheia de pudores. E é preciso pegar bem pesado comigo para me fazer sentir vergonha.
...
...
O quê?
Só por que não gosto de ler a palavra pênis por ai, não quer dizer que eu seja fresca. Eu apenas acho que não funciona. Quando você quer passar erotismo, deve fazê-lo sem a necessidade de ser vulgar. Vulgaridade cabe em filme pornô. E somente lá.
Mas que seja.
Em fim, em Amante Liberto - e que, após terminar de lê-lo, vejo que o titulo pode ser muito ambiguo - J.R.Ward não se importou nem um pouco, ou talvez seja mais exato dizer que ela não se importou nada, com o fato de que chocaria muita gente.
Primeiramente devo avisá-los de que esse é um livro muito pesado. No sentido de ter um conteúdo muito dificil de digerir. Pesa, mesmo.
Sexo, preconceito, homosexualidade, o psicológico de pessoas que sofreram abusos, torturas, expectativas.
Até coisas boas como o amor e a amizade mostram seus lados mais obscuros.
Amante Liberto se foca em Vishous, o mais inteligente dos Irmãos e provavelmente o mais amaldiçoado deles. Sua história é apenas de crueldade e selvageria e nunca conheceu outra coisa que não fosse a brutalidade. Tem tatuagens no antigo idioma no rosto, na mão direita e em sua pélvis que são avisos. Foram feitas por seu pai para que todos soubessem como Vishous era perigoso e como ninguem deveria se aproximar dele ou ajudá-lo.
Antes de entrar para a Irmandade, ele viveu uma vida nômade e trabalhou de assassino para sobreviver.
Depois de todos os abusos que sofreu, a vida ainda lhe reservou muito mais coisas do que ele merecia suportar. Vishous é completamente inocente e paga por coisas que ele não devia pagar. Mas mesmo depois de todo o horror que teve de suportar ele ainda conseguiu ser civilizado. Daria a vida por qualquer um dos irmãos. E preservou completamente sua capacidade de sentir, apesar de todos, menos Butch, o acharem frio e distante.
Eu vi alguma semelhança entre Vishous e Zsadist. Mas não consegui sentir por V. a mesma simpátia que sinto pelo Z. Não chorei com seus dramas e muito menos me conformei com o fim de sua história. No minimo foi patético e fiquei com a sensação de que J.R.Ward se aproveitou da história do guerreiro para divagar sobre suas próprias peversões.
Fiquei muitissimo triste com o volume, na verdade. Eu já sabia sobre os sentimentos de Vishous. E também sabia das preferências dele em relação ao sexo. Mas foi... péssimo, para dizer o minimo, ter que ler detalhes sobre tais preferencias.
Foi bastante inconcebivel ter que lidar com esse tipo de coisa e ver, que de alguma forma, ela encaminhou os outros irmãos para o mesmo caminho masoquista.
Eu não sou psicologa nem nada do tipo, mas ficar me convencendo o tempo todo que pessoas que sofreram maus tratos querem passar o resto da vida ligados a esse tipo de situação deixa meu espirito podre. Afinal, não há excessões?
Nenhuma delas quer passar o mais longe disso possivel?
Zsadist, neste volume, está tão... *-------------------------*
Eu babo o tempo inteiro ao ler sobre ele. Ele tem crescido tanto! Ver seu amadurecimento, sua força e o tamanho de sua gentileza faz com que eu me apegue a ele com todas as minhas forças! E é claro que em contrapartida eu odeio Phury com o mesmo entusiasmo.
Como é possivel gemeos serem tão diferente? Isso é engraçado, não é?
Eu amo Zsadist e não tenho nenhuma paciência com Phury. Por alguma razão ele também é o membro da Irmandade que é menos "perigoso". Sabe, no quesito "-Saia do caminho, ou esmago você como a uma formiga!". Ele é grande? Sim. Ele é um guerreiro letal. Mas é claro.
Mas a pose dele é de uma moça; Sempre que lemos a descrição de Phury é com relação a suas mãos elegantes, ou a seus cabelos extraórdinários. Ele é um cavalheiro celibatário!
Sem mais, meretissimo!
E o John?
Putz!
Ele é chato pra caramba! Tá, ele foi violado. E daí? Zsadist e Vishous também foram e nem por isso ficam agindo como dois fracotes. Eles são machos em todo o esplendor da palavra.
Tá.
Amante Liberto conseguiu me encher mais o saco do que Amante Revelado. E olha que em Amante Revelado eu tive que lidar com a Marissa.
Isso, fiquem chocados.
Mas não é um livro ruim, de maneira nenhuma. As irritações clássicas são facilmente ignoradas e a leitura flui muito bem como em qualquer livro da Ward. E é claro que não lermos o ponto de vista do Redutor Principal ajuda bastante e torna o livro muito mais divertido.
Acho que o ruim da história é que ela te deixa muito mal sem te dar nada em troca. Você recebe tudo na sua cara e não tem aquele momento de crescimento pessoal do personagem que te faz amá-lo para sempre. As atitudes dos personagens são horrivelmente obvias e o final é previsivel, mesmo com o choque que temos com o que acontece com Jane.
Aliás, as autoras precisam rever muito bem as personagens que chamam de gênios. Quando encontro com uma com esse rotulo, pessoalmente, me dá calafrios. Sempre são lentos e demoram para verem o obvio.
Isso deixa meus nervos em frangalhos.
Eu queria mais. Mas quem não quer mais das suas séries favoritas?
Por alguma razão, as shellans dos Irmãos tem ficado mais feias. Mais masculinas. Menos esculturais. Menos interessantes. As melhores são Beth e Bella, sem nenhuma dúvida.
Acho que J.R.Ward está tentando passar alguma lição e está falhando terrivelmente. Eu amo essa série e continuarei comprando nas pré-vendas e consumindo-os inteiros assim que chegam e coloco minhas mãos sobre eles. Mas acho que ela deveria ir com mais calma.
Acho que J.R.Ward está tentando passar alguma lição e está falhando terrivelmente. Eu amo essa série e continuarei comprando nas pré-vendas e consumindo-os inteiros assim que chegam e coloco minhas mãos sobre eles. Mas acho que ela deveria ir com mais calma.
Eu vou dar nota 3. Por que não gostei de ter que ver tanta crueldade, por que o medidor do termostato caiu absurdamente, o que me faz pensar que vamos voltar a era do gelo e por que eu achei o final da Jane forçado e estúpido.
_____________Citação
"Dane-se o livre arbitrio, ela pensou. Contaria com o destino, por mais que machucasse a curto prazo. Porque o amor, em suas muitas formas, sempre durava. Era infinito. O eterno. O que sustentava. Ela não fazia idéia de quem ou o que era a Virgem Escriba. Não fazia idéia de onde esteve ou de como voltou. Mas tinha certeza de uma coisa.
- Você estava certo - ela disse abraçada a V.
- A respeito de quê?
- Eu acredito em Deus."
(Amante Liberto - p.504)
"[...] Ao passar o tempo, a natureza infinita de sua não existência foi como um manto de agulhas sobre ela, com mil pontos de dor e tristeza.
Não havia escapatória para ela, não havia paz, gentileza nem conforto. Ela estava como sempre estivera: sozinha no meio do mundo que criara."
(Amante Liberto - p.512)
_________________________________________________________________
Matta ne!