domingo, dezembro 18, 2011

Retrospectiva Literária 2011


RETROSPECTIVA LITERÁRIA 2011

  • O livro infanto-juvenil que mais gostei:
Percy Jackson e o Último Olimpiano - Rick Riordan




Tive que escolher uma das aventuras de Percy. Toda a série é maravilhosa, mas o melhor é sempre a conclusão. Bom, nem sempre. Mas nesse caso é.
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  • A aventura que me tirou o fôlego:
Jogos Vorazes - Suzanne Collins, sem nenhuma dúvida.




Nem preciso comentar muito néh? Quem já leu Jogos Vorazes sabe o quanto esse livro é sensacional. Quem não leu, levante o seu traseiro dai e vá ler.
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  • O terror que me deixou sem dormir:
Nenhum livro de terror. Não faz meu gênero. 
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  • O suspense mais eletrizante:
Em Chamas - Suzanne Collins



A continuação de Jogos Vorazes é ainda mais tensa e eletrizante do que sua antecessora. Viver na corda bamba ao lado da Katniss deu direito a essa colocação. 
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  • O romance que me fez suspirar:
Personal DemonsLisa Desrochers




Por que nada é mais romântico do que ver garotos maus serem extremamente gentis com as garotas que amam. Imaginem então quando um demônio, que tem sua natureza voltada para o mal, se torna alguém gentil e protetor por que é capaz de amar?
Suspirei horrores.
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  • A saga que me conquistou:
A Irmandade da Adaga Negra




Essa saga até ganhou página especial no blog. Falando sério, eu sou loucamente apaixonada por esses vampirões territorialistas e sexys.
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  • O clássico que me marcou:
Não li nenhum clássico. Li muitos deles enquanto era muito jovem (mais do que sou hoje) e desapeguei. Talvez algum dia eu releia alguns que eu simplesmente detestei na época em que li, por que isso pode ter sido culpa de eu não ter entendido. =(
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  • O livro que me fez refletir:
Não foi apenas um livro, mas toda uma série. A trilogia de The Hunger Games (Jogos Vorazes) sempre me faz refletir. Será que chegaremos a esse ponto em nosso mundo? Esse poderia mesmo ser nosso destino? É meio cruel, mas impossível não ficar pensando nisso por horas...


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  • O livro que me fez rir:
Compêndio - Irmandade da Adaga Negra - Guia Oficial da Série


Vocês não tem noção de como esse guia é sensacional. J.R.Ward é completamente pirada, mas vale cada parágrafo desse livro. Na verdade até muito mais. Esse Guia é completamente impessoal, cheio de bom humor e com ele conhecemos os irmãos em momentos completamente aleatórios e descontraídos. Muito bom. Eu ri alto durante muitas partes e em muitos momentos eu tive que fechar o livro para rir. Foi sensacional.
Eu não quis resenhá-lo no blog. Simplesmente por que não.
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  • O livro que me fez chorar:
A Esperança - Suzanne Collins


O final da história de Katniss e Peeta, como eu mesma já tinha dito durante a resenha de Jogos Vorazes, não é feliz nem satisfatório. Não é bonito nem muito menos fácil. Por isso eu chorei. E muito. Queria que tudo fossem flores no final da garota em chamas, mas eu sabia que isso era tolice da minha parte. Nada deu certo nessa série em momento algum, por que começaria dando no final? Eu hein.
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  • O melhor livro de fantasia:
Cidade dos Ossos - Cassandra Clare


Ah, esse foi dos bons. História maravilhosamente ambientada, personagens mais do que bem estruturados, mundo absolutamente desconcertante. Está tudo ali. Também pudera, sendo tão fã de J.K. Rowling, só podia vir coisa boa mesmo. 
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  • O livro que me decepcionou:
Os Vampiros de Morganville - Rachel Caine


Ah, esse é mesmo péssimo. Nem quero falar dele de novo. Quero esquecer que um dia tive que lê-lo. Argh.
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  • O livro que me surpreendeu:
A Hospedeira - Stephenie Meyer




Já falei isso antes, mas vou me repetir: se você conseguir pular a longa e chata introdução, você vai ser amplamente recompesado! Esse livro é maravilhoso, mas somente para quem persevera!
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  • A frase que não saiu da minha cabeça:



"[Maddox] Se ele tivesse presas, morderia, de tanto que ansiava pelo gosto do sangue. Teria sido capaz de drenar alguém até que ficasse totalmente seco. Como não as tinha, ergueu o pé e chutou o rosto de alguém. Grunhiu com satisfação ao ouvir um uivo.
- Segurem as malditas pernas dele.
- Não posso. Estou segurando os braços.
- Ponha-o a nocaute, Paris.
- Claro. Não quer que eu solte diamantes pelo traseiro enquanto isso?"
(A Noite Mais Sombria - Gena Showalter - p.243)


HAHAHAHA!
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  • O(a) personagem do ano:
Zsadist!
Ah, Z.
Esse vampiro tão incrivelmente maravilhoso, sexy, grosseirão e gentil!
Eu sou apaixonada por ele, desde Amante Sombrio, quando ele era apenas frio e escuridão.
Amor a primeira vista, eu sei. E, como personagem, há ainda o fato de que ele foi o personagem que mais se desenvolveu e cresceu, somente de forma positiva.
E eu sonho com seus olhos amarelos e em como eu beijo suas tatuagens e...
cof cof
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  • O casal perfeito:
Uau, essa foi difícil. Mas, apostando em química e em como os personagens do casal ficam melhores quando estão juntos, acho que vou de Lucien e Anya. O casal de O Beijo Mais Sombrio funciona perfeitamente junto.
E não entenda mal. Um não precisa do outro para ser melhor, mas eles são perfeitos juntos. E, eu tenho um fraco por homens com cicatrizes! X3



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  • O(a) autor(a) revelação:
Mandy Porto



A opinião sobre seus livros são controversas... Mas eu simplesmente amei o trabalho dela! XD
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  • O melhor livro nacional:
Filhos de Galagah - Leandro Reis



Eu já sabia que ia ser sensacional, e não me decepcionei.
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  • O melhor livro que li em 2011:
Amante Desperto - J.R. Ward


Ah, Zadist!
Eu amo você!
*-*
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  • Li em 2011 ...... livros.
30 livros. Deveriam ter sido 56, mas fiquei devendo!
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  • A minha meta literária para 2012 é:
56 livros! Para mais.


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E vocês aí? Como foi seu ano com os livros? Se agitem aí nos comentários e me contem!


Ja ne!
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quinta-feira, dezembro 15, 2011

Em Chamas - Suzanne Collins



AS FAGULHAS SE ACENDEM
AS CHAMAS SE ESPALHAM
E A CAPITAL QUER VINGANÇA


"Depois da improvável e inusitada vitória de Katniss Everdeen e Peeta Mellark nos últimos Jogos Vorazes, algo parece ter mudado para sempre em Panem. Aqui e ali, distúrbios e agitações nos distritos dão sinais de que uma revolta é iminente. Katniss e Peeta, representantes do paupérrimo Distrito 12, não apenas venceram os jogos, mas ridicularizaram o governo e conseguiram fazer todos - incluindo o próprio Peeta - acreditarem que são um casal apaixonado.
A confusão na cabeça de Katniss não é menor do que a das ruas. Em meio ao turbilhão, ela pensa cada vez mais em seu melhor amigo, o jovem caçador Gale, mas é obrigada a fingir que o romance com Peeta é real. Já o governo parece especialmente preocupado com a influência que os dois adolescentes vitoriosos - transformados em verdadeiros ídolos nacionais - podem ter na população. Por isso, existem planos especiais para mantê-los sob controle, mesmo que isso signifique forçá-los a lutar novamente."
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Nossa! Por onde começar?

A verdade é que não há muito o que falar. Esse livro é perfeito e qualquer coisa que eu diga além disso é floreio.

Em Chamas é meu livro de sufoco. Ele sempre vai me fazer sentir MUITA afinidade com a Katniss com relação a sua grande indecisão. Ela é super filha da puta, mas entendo seus dilemas.

A verdade é que, a Katniss em seus momentos de transição, antes de aceitar seu fardo e mover a bunda magrela do lugar, me irrita muito. Ela fica molenga, propensa a fazer escolhas idiotas e faz todo mundo sofrer no processo.

Ela sempre tem tanto potencial. Como já foi dito sobre ela uma vez "- Você é ouro em pó!" E ela é, mesmo.

Acontece que se você sofreu aqueles momentos de tensão em Jogos Vorazes e ali já pensava que a ameaça iminente era grande, pense duas vezes. A sensação ruim de que algo vai dar errado continua mais do que presente, mas agora ela não vem na forma das consequências, mas sim, de uma clara ameaça.

Uma ameaça feita com todas as letras, com cheiro de rosas e sangue.
Para todo mundo que pensava que ao fim dos jogos tudo estaria bem, eu me sinto na obrigação de avisar: Nada, nunca, está bem.
Eu disse isso na minha resenha de Jogos Vorazes e vou repetir agora: "E, mesmo quando terminá-lo, não vai se sentir seguro ou satisfeito. E não há alternativa."
Suzanne ainda mantém a mesma linha de narrativa, daquele modo extraordinário de nos prender as páginas e aos sentimentos da personagem principal, Katniss. Continua sendo tão impossível quanto antes, talvez até mais do que antes aliás, largar o livro por aí para seguir com sua vida.

E nem tente fazer isso. Nenhuma vida pode ser mais interessante do que esse livro.

Em chamas vai narrar a história de Katniss durante a turnê da vitória dela e de Peeta. A verdade é que naquele momento final do ultimo jogo, quando Katniss e Peeta decidiram comer aquelas "amoras-cadeado" ficou subentendido para todos os Distritos que aquilo era um ato de rebeldia contra a Capital.
Agora, eles vão ter que provar, durante a turnê da vitória, que aquilo não foi um ato de rebeldia, mas sim de louco amor.

Tudo acontece tão rápido, é tanto ação e tudo é tão frenético, que eu me perguntava o tempo inteiro enquanto lia como alguém podia suportar tanto.
E, é claro, me lembrei por que eu guardava um certo rancor para com a Katniss.

Me lembrei também do por que o Peeta é simplesmente um garoto incrível e especial.
Eu amo e odeio esse livro na mesma medida. Ele é perfeito, sem dúvida. Mas, da mesma forma que te conquista ele te machuca.
Ele é cruel, frio, calculado. Consome tudo.

Um pouco como sexo, acho.
Sabe? Como você simplesmente não quer existir depois do orgasmo por que sentiu absolutamente tudo e agora está vazio?
Pois é.

E tenho pena de quem não entendeu.

E, devo deixar o maior de todos os avisos até agora: Não termine de ler Em Chamas sem ter A Esperança em mãos. Não dá para, simplesmente, ler o último parágrafo de Em Chamas sem ficar enlouquecidamente curioso com o que está acontecendo.
E tenho dito.
Caso contrário, você estará sofrendo em vão cara-pálida. 


Acho que esse é o meu favorito da trilogia. Difícil decidir, mas quase acredito nisso.

Sabe que, curiosamente, estou com bloqueio para escrever as resenhas dessa série. Terminei de ler em chamas dia 15 e só consegui fazer a resenha hoje, a mais curto do blog, acho. Nem sei quando vai sair a de A Esperança que terminei também no dia 15. Veremos.


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_________Citação


"Você poderia viver centenas de vidas e não merecê-lo."
(Haymitch para Katniss, sobre Peeta - Em Chamas)

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quarta-feira, dezembro 07, 2011

Jogos Vorazes - Suzanne Collins


Katniss escuta os tiros de canhão enquanto raspa o sangue do garoto do distrito 9.
"Na abertura dos Jogos Vorazes, a organização não recolhe os corpos dos combatentes caídos e dá tiros de canhão até o final. Cada tiro, um morto. Onze tiros no primeiro dia. Treze jovens restaram, entre eles, Katniss. Para quem os tiros de canhão serão no dia seguinte?...
Após o fim da América do Norte, uma nova nação chamada Panem surge. Formada por doze distritos, é comandada com mão de ferro pela Capital. Uma das formas com que demonstra seu poder sobre o resto do carente país é com Jogos Vorazes, uma competição anual transmitida ao vivo pela televisão, em que um garoto e uma garota de doze  a dezoito anos de cada distrito são selecionados e obrigados a lutar até a morte!
Para evitar que sua irmã seja a mais nova vítima do programa, Katniss se oferece para participar em seu lugar. Vinda do empobrecido Distrito 12, ela sabe como sobreviver em um ambiente hostil. Peeta, um garoto que ajudou sua família no passado, também foi selecionado. Caso vença, terá fama e fortuna. Se perder, morre. Mas para ganhar a competição, será preciso muito mais do que habilidade. Até onde Katniss estará disposta a ir para ser vitoriosa nos Jogos Vorazes?"
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Ai, ai.

Essa é uma postagem muito especial.
Eu preciso avisar por que, para se falar sobre algo de que se gosta fica um pouco difícil não ser repetitivo e adulador.
Então vamos. Jogos Vorazes.

Bom, entre minhas séries favoritas - mas eu digo as favoritas mesmo - daquelas que mudam a vida da pessoa para sempre, Jogos Vorazes está no meu top 5. Fica ali circulando entre Harry Potter, O Senhor dos Anéis, As Crônicas de Gelo e Fogo e Percy Jackson. Para falar a verdade, eu não saberia colocar em ordem para dizer qual delas eu gosto mais. Talvez o maior carinho esteja com a série da J. K. Rowling, já que minha vida começou a mudar com A Pedra Filosofal quando eu tinha 10 anos. 12 anos se passaram desde aquilo e Harry ainda é meu homem ideal.
Por isso, talvez, seja Harry Potter.
Mas mesmo essa série, tão maravilhosa e especial, fica sem lugar definido quando penso em todas as outras.
Jogos Vorazes e As Crônicas de Gelo e Fogo estão entre os que li no original, em inglês. Talvez não tenham sido excelentes escolhas para quem está começando, devido a dificuldade da narrativa, mas não me arrependo.

Como eu disse, eles fazem parte daqueles grandes livros capazes de mudar a essência de uma pessoa. E, para mim, foram um passo importante não só no meu nível de leitura, como em minha vida.

Eu não subestimo os bons livros, mas em meu coração ficam apenas os grandes livros. E a diferença entre um bom livro e um grande livro é que, quando você termina de ler o primeiro tipo você está feliz. Quando termina de ler o segundo, você está triste.

A sinopse de Jogos Vorazes que eu coloquei ali em cima por si só já é muito reveladora. A história de Katniss se passa em um mundo devastado, muitos séculos depois desse nosso, onde o planeta devolveu ao homem todo o mal que foi feito a Terra. O nível dos oceanos subiu, engolindo boa parte da terra, tornados, terremotos e todo o tipo de calamidades naturais assolaram o Planeta e o que sobrou da América do Norte se reorganizou em um continente chamado Panem. Panem se dividiu em 13 Distritos e uma Capital, mas quando a nossa história se passa, são apenas 12 Distritos. Katniss, vive no 12 Distrito e não nos é dito muito sobre como é a vida nos outro 11.
Acontece que todos os Distritos são cercados e as viagens entre eles são proibidas. Os seres humanos são tratados como gado e qualquer tipo de comentário ou ação fora das regras é punível com a morte.

A vida no Distrito 12 é muito difícil. As pessoas costumam morrer de fome e a pobreza é tangível. Katniss caça para alimentar a família, e é o resultado de sua caça que ela troca por coisas para a sua sub-existência. Com o decorrer da história, descobrimos que apesar da vida difícil que ela leva, as coisas poderiam ser muito piores.
Sem dúvida poderiam ser MUITO piores.

Não preciso falar muito do enredo, por que sério, a sinopse já diz basicamente tudo. Por isso, quero falar sobre o que essa história nos faz sentir.

Tudo, cada átomo de seu ser, fica cativado, entorpecido e absolutamente dominado por essa história. Enquanto você consome o livro, ele te consome de volta. Você lê cada página, cada parágrafo com um aperto no estômago como se você vivesse tudo aquilo junto com a Katniss. Você se torna ela e ela se torna você e cada novo acontecimento te deixa tão sem fôlego e raivoso quanto deixa Katniss.

Por isso é tão doloroso. Por isso é tão difícil. Por isso é tão incrível.

Você passa a esperar nada além do pior. Você sabe que nada te espera além da morte. Não basta fechar o livro e deixá-lo de lado, por que você vai continuar pensando no que acontece naquelas páginas, até que você o pegue e o termine.

E, mesmo quando terminá-lo, não vai se sentir seguro ou satisfeito. E não há alternativa.

E Katniss! Ah, essa garota incrível e simples. Carrancuda e hostil. Corajosa sim, mas capaz de amar de uma maneira que ela ainda "não se dá conta" de que é capaz, é a melhor personagem com quem já  lidei. Eu a compreendo completamente, a Suzanne Collins tendo escrito em primeira pessoa torna tudo mais intimo. É fácil lê-la e torcer por ela. É como se fosse uma amiga muito querida, a quem não posso aconselhar, mas por quem posso torcer e sofrer junto.
Essa proximidade entre eu e a personagem não me permitiu ficar afastada do livro por muito tempo.

Foi maravilhoso e terrível. Foi intenso, apavorante e extremamente convincente.

Eu fui absorvida pela história e fiquei avida pela sequencia. Não quis e não pude evitar.

Apesar de já saber no que a história vai dar, eu me emocionei tudo de novo. A tradução da Rocco não deixou nada a desejar a versão original, apesar de eu saber o quanto foi criticada por aí. Foi uma excelente adaptação na minha opinião, apesar de não conseguir me acostumar com a Katniss vivendo na Costura.
Mas a essência, os detalhes, tudo está lá. E eu me emocionei em partes que antes, foram apenas passagens para mim.

Perfeito.
Nada mais a dizer.


Ah, para o caso de interessar, a série virou filme. A estréia vai ser em 23 de Março de 2012.
Veja abaixo o trailer:

Vou na pré estréia!!!
\o/

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___________Citação

"[...]Mas estou presa aqui não só pelas paredes do aerodeslizador como pela força que segura aqueles que amam aos que estão para morrer. Quantas vezes não os vi, ao redor da mesa de nossa cozinha, e ficava imaginando: Por que não vão embora? Por que ficam para ver?
E agora sei a resposta. É por que não há alternativa."
(Jogos Vorazes - p.370)

Matta ne!
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quinta-feira, dezembro 01, 2011

[Compêndio] O adeus de Z. e Bella


A Editora Universo dos livros disponibilizou um trecho do compêndio, onde se pode ler a outra versão do Adeus de Z. e Bella. Eu estou postando aqui por que, na verdade, eu quero guardá-lo para mim. E, aqui, fica fácil. Visitem o Blog Oficial da Irmandade. Nele SEMPRE tem grandes novidades. Vale mais do que a pena.



"A cena a seguir não foi exatamente excluída, mas foi uma que editei muito na revisão do Amante Desperto, principalmente por não ter gostado de sua vibração. A verdade é que achei que ela seria pesada demais para o adeus de Z. e Bella, mas me arrependi de não ter seguido o que vi em minha mente. Acredito que a cena do livro publicado ficou boa, mas esta é melhor."
J.R.Ward

Bella guardou suas coisas na mala em menos de dois minutos. Ela não tinha muitas coisas, e o pouco que tinha havia tirado do quarto de Z. na noite anterior. Fritz logo chegaria para pegar as coisas dela e levar para a casa de Havers e Marissa. Dentro de uma hora, ela se materializaria na casa deles e Rehvenge a encontraria lá. Com um guarda.
Entrando no banheiro mal iluminado, ela acendeu a lâmpada acima da pia e conferiu o balcão para ter certeza de que tinha tudo. Antes de se afastar, olhou para seu reflexo no espelho. Deus, ela havia envelhecido.
Sob a luz, Bella ergueu os cabelos, virando-se para um lado e para o outro, tentando encontrar uma maneira de se ver realmente. Depois de desistir, deixou o peso cair e... Zsadist apareceu atrás dela nas sombras, de repente, aumentando a escuridão com suas roupas pretas, armas e humor. Ou então estava ali o tempo todo, decidindo se mostrar apenas naquele momento. Ela deu um passo para trás, batendo numa das paredes de mármore com o quadril. Disse um palavrão e passou a mão na parte atingida.
Repassou todo seu vocabulário com as maneiras com que podia mandá-lo para o inferno.
E então sentiu o cheiro dele. O odor de vinculação era forte. Z. ficou em silêncio, mas não precisava dizer muita coisa. Ela conseguia sentir os olhos dele. Conseguia ver o brilho dourado no canto onde estava.
Ela sabia exatamente por que ele estava olhando para ela. E não conseguia acreditar. Bella se afastou ainda mais, até bater na porta do chuveiro.
– O que você quer?
Palavras erradas, ela pensou ao entrar na área iluminada. Ao ver o corpo dele, ficou boquiaberta.
– Quero acasalar – disse com a voz baixa. E ele estava mais do que pronto.
– Você acha... Deus, você acha que eu me deitaria com você agora? Você está louco.
– Não. Sou psicótico. Pelo menos é este o diagnóstico da clínica. – Ao tirar o coldre da adaga, a porta se fechou atrás dele e foi trancada. Fez isso com a mente.
– Vai ter de me forçar.
– Não vou, não. – Levou as mãos ao cinto e ao quadril Bella observou aquilo que se apertava dentro de sua calça. E o desejou. Deus, ela queria que Z. a abraçasse e não lhe desse chance de dizer não. Assim, ela seria absolvida do que estava prestes a fazer e poderia odiá-lo mais. Poderia...
Z. se aproximou até ficar bem diante dela. No silêncio que se fez, ele suspirou.
– Sinto muito por ser um idiota. E eu não a estaria empurrando a Phury se não pensasse ser o mais certo para vocês dois.
– Está se desculpando apenas por que quer ficar comigo agora?
– Sim. Mas é verdade, de qualquer jeito.
– Então, se não estivesse com desejo neste momento, permitiria que eu partisse?
– Encare isto como um adeus, Bella. A última vez.
Ela fechou os olhos e sentiu o calor que emanava dele. E quando ele colocou as mãos nela, Bella não fugiu. Ele levou as mãos até sua garganta e jogou a cabeça dela para trás, com a boca aberta porque tinha de ser assim.
Ou, pelo menos, era o que ela dizia a si mesma.  A língua de Z. entrou em sua boca enquanto esfregava o quadril contra a barriga dela. Enquanto eles se beijavam, Z. rasgou a camisa dela ao meio.
– Zsadist – ela disse com a voz rouca quando ele segurou o botão de sua calça jeans. – Pare.
– Não.
Ele beijou os seios dela quando levou as mãos para a parte de trás de sua calça, erguendo-a e carregando-a para cima do balcão. Ele gemia alto enquanto afastava as pernas dela e se ajoelhava... com os olhos fixos em seu sexo. Então, soube exatamente o quanto ela estava excitada.
Bella colocou as mãos entre eles.
– Zsadist, se você fizer isso, nunca vou perdoá-lo.
– Não poderei viver com o arrependimento – ele afastou os braços dela com facilidade, prendendo seus punhos – de não ter feito isto com você uma última vez.
– Por que se importa tanto?
Ele puxou as mãos dela para frente, virando-as para que pudesse vê-las por cima. Quando olhou para baixo, balançou a cabeça.
– Phury não se alimentou de você, não é? Não há marcas no pescoço. Nem nos pulsos.
– Ainda dá tempo.
– Ele disse que você não aguentaria.
Ótimo, aquela era a última coisa que ela precisava que Zsadist soubesse.
– E esse é meu castigo? – ela perguntou com amargura. – Você vai me forçar...
Z. mergulhou no centro de Bella. Com todo aquele desejo, ela pensou que ele fosse tocá-la com intensidade, mas em vez disso, apenas roçou os lábios de modo tão carinhoso que ela ficou emocionada. Quando soltou as mãos, ela chorava e segurava a cabeça dele, aproximando-o ainda mais. Ele olhou para seu rosto enquanto ela atingia o orgasmo contra sua língua, observando-a como se quisesse guardar aquelas lembranças preciosas.
– Deixe-me levá-la para a cama.
Ela assentiu quando ele subiu em seu corpo e encostou os lábios brilhantes no pescoço dela. O raspar de suas presas fez com que Bella sentisse esperança. Talvez ele finalmente se alimentasse... Mas quando ele a pegou e abriu a porta, o desejo sumiu do corpo de Bella.
Ela estava indo embora. E ele não a impediria. Também não sugaria de sua veia. Zsadist sentiu a mudança nela imediatamente.
– O que aconteceu?
– Nada – ela sussurrou ao se deitar na cama. – Não aconteceu nada.
Z. parou diante dela, à beira do precipício. Mas então ele abriu o zíper, colocando para fora aquela ereção enorme. Ao deitar-se em cima dela, com a calça ao redor das coxas, ela virou o rosto para o lado.
As mãos dele afastaram seus cabelos.
– Bella?
– Faça logo e deixe-me ir. – Ela abriu mais as pernas para acomodá-lo. Quando a ereção chegou ao centro do corpo dela, Z. gemeu, erguendo-se. Ele não a penetrou, e ela fechou os olhos.
– Bella...
– Eu desceria a mão e colocaria você dentro de mim, mas nós dois sabemos que você não quer que eu o toque. Ou você quer que eu fique apoiada nas mãos e nos joelhos? Seria mais impessoal assim. Nem precisaria olhar para meu rosto.
– Não fale assim.
– Por que não? Caramba, você nem tirou a roupa. E isso faz com que eu me questione por que isto tem que acontecer afinal. Agora que você sabe cuidar de si mesmo, não precisa ter uma fêmea. – A voz dela ficou embargada. – Certamente não precisa de mim.
Fez-se um longo silêncio.
Ela escutou um gemido. E então ele a mordeu. Zsadist afundou as presas e estremeceu ao sentir o primeiro jato do sangue de Bella. Aquela rica textura se derramou em sua boca, e quando engoliu, sentiu o líquido descer por sua garganta. Não conseguiu parar.
Quando decidiu que tomaria sua veia, disse a si mesmo que seria apenas uma mordida, mas quando começou, não conseguiu mais interromper a conexão. Ele a abraçou e a deitou de lado para que pudesse envolver-se melhor ao redor de seu corpo. Bella o puxou para perto, e ele teve certeza de que ela chorava de novo enquanto o abraçava, porque sua respiração estava ofegante.
Acariciando suas costas nuas, ele encaixou o quadril no corpo de Bella, querendo confortá-la enquanto sugava, e ela pareceu se acalmar. Mas ele, não. Seu membro latejava, prestes a explodir.
– Transe comigo – ela gemeu. – Por favor.
Sim, ele pensou. Sim!
Mas ele não conseguia parar de beber para penetrá-la. O poder que sentia era viciante e a resposta de seu corpo, incrível. Enquanto se alimentava, sentiu os músculos contraídos, formando uma proteção sobre seus ossos. Suas células absorviam os nutrientes necessários que seu corpo não recebia havia um século, colocando-os em uso imediatamente.
Com medo de sugar demais e matá-la, Z. se forçou a soltar o pescoço de Bella, mas ela o segurou pela nuca e o puxou para baixo. Ele lutou contra o impulso por um momento, mas gemeu, um som alto e baixo, como o de um cão. Com um movimento repentino, ele a reposicionou e a deitou do outro lado, mordendo com força. Estava subindo nela, prendendo-a, com o odor da vinculação despejando em ondas. Ele era um predador enquanto se alimentava, os braços contraídos enquanto a segurava, as coxas estendidas sobre o corpo dela.
Quando terminou, jogou a cabeça para trás, respirou profundamente e gemeu alto o bastante para fazer tremerem as janelas.
Zsadist olhou para baixo. Bella estava sangrando por causa das duas feridas que ele havia causado, mas seus olhos brilhavam e seu odor sexual emanava. Ele lambeu os dois lados de seu pescoço e a beijou, enfiando a língua em sua boca, tomando, dominando o que era dele... marcando-a agora não apenas com o odor, mas com sua vontade.
Ele estava embriagado por ela, desejoso e carente. Ele era um buraco negro que tinha de ser preenchido. Era o poço seco; ela, a água.
Z. deu um passo para trás e tirou a camisa. Olhando para os mamilos, enfiou os dedos mínimos nos piercings e os puxou.
– Sugue – ele disse. – Como você fez antes. Agora.
Bella ficou sentada, passando as mãos na barriga dele enquanto Z. se deitava de costas na cama. Quando estava esticado, ela subiu em seu peito, colocando a boca exatamente onde ele queria. Quando pegou uma das argolas, ele gemeu de novo, sem se preocupar com a possibilidade de outras pessoas da casa ouvirem.
Queria fazer o máximo de barulho. Dane-se, ele queria gemer até derrubar a porta.
Quando ela sugou, ele tirou a calça de couro e desceu a mão, pegando seu membro e acariciando. Queria que ela colocasse a boca ali, mas por mais agressivo que fosse, não iria forçá-la.
Ela sabia o que ele queria. Colocou a própria mão na ereção e adotou um ritmo que quase o matou. Subia e descia pela extensão do membro, escorregando pela cabeça até a base, enquanto sugava e lambia seu mamilo. Ela estava totalmente no controle, mexendo muito com ele, que estava adorando o aperto, o suor, a agonia de querer gozar sem querer que ela parasse.
– Oh, sim, nalla... – Ele segurou seus cabelos, ofegante. – Faça isso.
E então ela desceu pelo peito, indo para a barriga. Ansioso, ele mordeu o lábio inferior com tanta força que sentiu o próprio sangue na boca.
– Tudo bem para você? – ela perguntou.
– Se estiver bem para você... – Ela o cobriu com seus lábios. – Bella...
Seus lábios eram gloriosos. Úmidos e quentes. Mas ele não duraria mais do que trinta segundos daquele jeito.
Ele se sentou e tentou tirá-la de seu colo, mas ela resistiu.
– Vou gozar... – ele gemeu. – Meu Deus... Bella, pare. Eu vou...
Ela não parou. Nem ele...
A primeira convulsão foi tão forte que ele se deitou no colchão.
A segunda ergueu seu quadril, fazendo com que ele fosse ainda mais fundo em sua boca. E a terceira o levou ao céu. Assim que ele se recompôs, aproximou-se dela, beijando-a. Sentiu seu próprio odor de vinculação na boca e língua dela e gostou que estivesse ali. Adorou.
Ele a virou.
– Agora é a sua vez. De novo.
– Você está bem? – Zsadist perguntou algum tempo depois.
Bella abriu os olhos.
Z. estava deitado ao lado dela, com a mão apoiada no braço dobrado.
Caramba, o corpo dela estava marcado por fora e por dentro. Mas o prazer que ele havia sentido fazia valer tudo. Zsadist a havia amado com intensidade, como ela queria que ele fizesse.
– Bella?
– Sim. Sim, estou.
– Você disse que não queria ser vingada. Ainda quer isso?
Ela cobriu os seios com as mãos, desejando que a vida real tivesse ficado longe por um pouco mais de tempo.
– Não consigo imaginar você saindo e se ferindo por minha causa.
Ele não disse nada e ela esticou o braço para tocar sua mão.
– Zsadist? O que está pensando? – O silêncio continuou até ela não mais aguentar. – Fale comi...
– Eu amo você.
– O quê? – ela perguntou.
– Você escutou muito bem. E não vou repetir. – Ele ficou em pé, pegou suas roupas de couro e as vestiu. Depois, entrou no banheiro.
Voltou um momento depois com as adagas nos coldres do peito e a arma na cintura.
– O problema, Bella, é que não posso deixar de sair para caçar o redutor que fez aquelas coisas com você. Nem os idiotas com quem ele trabalha. Não dá. Então, ainda que eu fosse perfeito como Phury, ainda que eu soubesse ser educado, mesmo que eu não estragasse a sua família, não posso ficar com você.
– Mas se você...
– Tenho a guerra no meu sangue, nalla. Então, mesmo que não tivesse sofrido no passado, ainda assim teria de estar no campo lutando. Se eu ficar, você vai querer que eu seja diferente do que sou e não posso me tornar o tipo de hellren que você precisa. Minha natureza acabaria falando mais alto.
Ela esfregou os olhos.
– Se eu seguir essa lógica, como pode pensar que ficarei com Phury?
– Porque meu irmão está cansado. Em parte, por minha causa.
Mas acho que teria acontecido de qualquer modo. Ele gosta de ensinar aqueles recrutas. Eu o vi treinando em tempo integral, e vamos precisar disso. Seria uma boa vida para você. Bella abaixou as mãos com raiva e olhou para ele.
– Preciso que você se cale a respeito do que acha melhor para mim. Não me interesso nem um pouco em suas teorias sobre o meu futuro.
– Acho justo.
Ela olhou para ele, concentrando-se na cicatriz que arruinava seu rosto. Não, não arruinava, ela pensou. Ele sempre seria bonito para ela. Um belo macho. Esquecê-lo seria tão difícil quanto esquecer seu sequestro.
– Nunca mais vou encontrar alguém como você – ela disse. – Para mim, você sempre será a pessoa certa.
E aquele era seu adeus, Bella pensou.
Z. se aproximou e ajoelhou-se ao lado da cama, mantendo os olhos amarelos e brilhantes. Depois de um momento, ele segurou sua mão e ela escutou um som metálico... e então ele pressionou uma das adagas contra a mão dela. O objeto era tão pesado que ela quase precisou segurá-lo com duas mãos. Olhou para a lâmina negra, com o metal refletindo luz como uma piscina à noite.
– Marque-me. – Ele apontou para o peito, acima da cicatriz em forma de estrela da Irmandade da Adaga Negra. – Aqui. – Inclinando-se rapidamente, ele procurou na cabeceira pelo prato de sal que veio com a comida. – E que seja permanente.
Bella hesitou por apenas um segundo. Sim, ela pensou: queria deixar algo que ficasse nele, algo pequeno que o lembrasse dela por toda a vida. Ela virou-se pousando a mão livre no ombro. A adaga ficou mais leve em sua mão quando levou a ponta da arma contra sua pele. Z. estremeceu quando ela começou e o sangue escorreu por sua barriga.
Quando terminou, deixou a adaga de lado, lambeu a palma da mão e colocou sal nela. Em seguida, pressionou a mão aberta em cima dos cortes que ela havia feito sobre seu coração.
Eles se olharam enquanto a letra “B” no Antigo Idioma cicatrizava permanentemente em seu corpo.

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Ou Zsadist!
Nós dois seriamos TÃO perfeitos juntos!
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